Justiça cega
O lamento furtivo preso no peito
Do amante calado rumo a prisão
Não resta dúvidas nem defeito
A justiça, enfim, reinou no sertão
Justiça que não conhece o amor
Maldito amor! A máxima razão
Das rosas de loucura, de temor
Do veneno que tomou o coração
No momento fatal de cega fúria
Um rubro segundo de explosão
Vingou na faca fria a injúria
Sofrerá agora castigo injusto
Por aquela que foi, por adoção
O motivo real de tanto desgosto
Fábio Malko
Enviado por Fábio Malko em 07/05/2015
Alterado em 29/11/2015
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